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  1. Hoje a noite não tem luar, e eu estou sem ela...

    terça-feira, 21 de abril de 2015

    grandma

    .... Já não sei onde procurar, não sei onde ela está ♫

    Essas coisas acontecem na vida da gente com mais frequência que gostaríamos... Perder pessoas deveria ser proibido, e no entanto não é, mais que permitido, é natural. Assim acontece com todos e incrivelmente a todo momento. Alguns precisam morrer para que outros nasçam, é a lei da vida, é o ciclo do universo, tudo que nasce tende a morrer, demore o tempo que for, nada é para sempre. O eterno não existe!

    Mas aí que tá, dói. E dói como se não existisse amanhã. Dói porque  existe sentimento por trás de toda relação humana, é igualmente natural que exista dor e sofrimento, que venham lágrimas e que o grito queira sair por todos os ângulos possíveis. Mas pela conveniência muitas vezes, somos obrigados a manter a pose, temos que sorrir, e quando alguém chega e lhe diz "Meus sentimentos" você tem que sorrir e dizer "Obrigada", quando alguém diz " Ela não está mais sofrendo agora", você tem que sorrir novamente e concordar com a cabeça, porque se for falar, não vai aguentar, vai embargar, vai dar tremedeira, as lágrimas saem primeiro que as ondas sonoras da sua garganta, e não há nada que se possa fazer para impedir, por isso você só diz que sim com a cabeça, só isso e continua andando.

    Acredito que esse seja o pior, ter de lidar com a verdade, o fato de que a pessoa da qual as pessoas estão falando naquele cubículo, a mesma que está dentro daquela caixa decorada toda elegante e pálida, não está mais viva. Ela simplesmente se foi, assim como nasce um dia, sem muita explicação, sem muitos por quês, ela para de respirar, coração para de bater e nada mais resta. E você tem que aceitar, ser bom filho, neto, amigo, o que for, e acenar com a cabeça.

    Sim, ela parou de sofrer, a vida dela não é mais alimentada por máquinas, não está mais em um processo de falecimento, ela já se foi. Se está melhor? Sinceramente não tenho muito o que dizer sobre isso, vai do que cada um acredita, não é mesmo? Eu bem penso que se existe essa tal de "vida pós morte", ela deve estar junto com seu esposo e celebrando a melhor fase de sua vida, deve estar lá comendo seu arroz com feijão, batata e laranja, e por que não? Quem disse que no céu não se pode comer ? Ela deve (se for possível) estar lendo algo bonito e cuidando de plantinhas, rindo e assistindo os anjos brincarem. Espero que esteja..

    Hoje completam 7 dias que ela se foi, ela não vai mais sorrir ou passar o lenço na boca, ou  vai parar pra falar comigo de "A Usurpadora", ou me chamar de todos os nomes possíveis e só por último o meu. Ela não vai mais ligar 9h o rádio toda manhã e escutar o Padre Marcelo falando, nem colocar a água pra benzer, Ela não vai fazer aquela comida que só ela sabe,,, Não, a comida não tem mais o mesmo sabor, nem eu sou a mesma. A gente tende a amadurecer com esse tipo de coisa.

    Eu sei que apesar de tê-la visto em uma forma que não gostaria nunca, e apesar de ter visto colocarem-na abaixo de terra, eu ainda não acredito que a minha avó, isso, minha avozinha, a mesma da história anterior, tenha partido. É doloroso demais pensar, não caiu a ficha, e vai demorar a cair. Estou realmente tentando ser forte e demonstrar isso a todo mundo, mas tá complicado, toda vez que ela vem no pensamento (e são muitas) o coração acelera e a respiração fica rarefeita. Mas a gente dá um jeito certo? Segura do jeito que dá, chora escondido e sorri para os estranhos e familiares.

    Porém o amor nunca mudará, estará sempre em minha memória e coração, não importa onde ela esteja, estará sempre comigo aqui dentro ♥

    A gente aceita, ou finge que aceita... O tempo faz isso, E enquanto ele não passa, como dizia John Green.. "A dor precisa ser sentida".


  2. O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry)

    quarta-feira, 15 de abril de 2015

    lp

    Mas, com certeza, para nós, que compreendemos o significado da vida, os números não têm tanta importância.        pág. 20

    Eu sinceramente não tenho nada de ruim pra falar desse livro, ele é a superação de qualquer livro infantil já visto e acredito que deveriam existir mais desse por aí. É o tipo de história simples, porém que te cativa até o fim, suas mensagens e observações são muito claras, tão claras que chegam a ser poéticas.  Apesar de ser classificado como infantil, é um livro para todas as idades, todas as almas e corações. Senti muita vontade de chorar lendo, e também senti vontade de apertar o pequeno príncipe até não poder mais! É um livro que te ensina os maiores valores da vida, entre tanta outras coisas, que só aquelas palavras e a inocência do Pequeno Príncipe conseguem explicar.

    Edição:

      Capa simples, com as ilustrações do próprio autor, é simplesmente linda. Cada detalhe é muito cuidadoso, desenhos bem distribuídos, mais harmoniosa impossível. Diagramação boa, letras pequenas porque eu li edição de bolso, mas nada demais. O mais marcante são os desenhos que repercutem da história, é tudo tão lindo que não dá pra descrever muito bem. Mas tudo aprovado !!!

    Via


    Estória:

    Conta a história de um viajante que tem seu avião quebrado e caído no meio do deserto, onde encontra um garotinho, trajado estranho, enquanto tenta consertar seu avião. Esse pequeno rapaz diz ser um príncipe e ter seu próprio planeta, assim vai contar suas aventuras por diversos planetas conhecidos por ele e o que pôde tirar de bom e de ensinamento de casa ocasião. Por fim, os dois ficam amigos eternamente, e o homem sabe por fim que onde estiver, ao olhar para o céu, lembrar-se-a do Pequeno Príncipe.

    Até então pensava eu que o Principezinho era o narrador (antes de ler), mas tudo o que eu pensava do livro foi desmascarado ali, em todas aquelas páginas, sendo uma mais linda e mais emocionante que a outra, o que aquele pequeno ser aprendeu e passa para o leitor e para o  viajante não tem preço, não tem medida, é realmente inteiro, muito completo! Cara, é um dos melhores livros que já li, é daqueles que você lê mais de dez vezes na vida, aquele consolo quando a tristeza bate, quando a alegria é maior que o mundo! São valores e ensinamentos virtuosos demais para não se compartilhar.

    Os personagens:

    O viajante: É um homem incomum na verdade que foi "forçado" pela sociedade a se tornar normal, e que sempre percebeu o quanto isso é chato. O homem dos desenhos de elefantes e cobras

    Pequeno Príncipe: Um Principezinho vindo do Planeta B612, ele encanta e vive uma aventura atrás de outra. Gosta muito de perguntar e não gosta de quando não são respondidas, descobriu que sua rosa é única no mundo, e assim também o é.




    A Raposa: Acredito que foi com quem ele mais aprendeu, ela ensinou de uma forma bem fofa a importância das pessoas e coisas para o Príncipe.


    A Rosa: A mais querida do Príncipe, vive no Planeta dele.

    O Rei: Mandão, quer que obedeçam-lhe todos aqueles que pisarem em seu Planeta.



    Título Original: Le Petit Prince
    Autor: Antoine de Saint - Exupéry
    ISBN: 9780786275397
    Editora: Agir
    Edição: 1ª edição.


                      my fox

    Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.           pág. 34

  3. EP#2 Aquele da comida da Vovó

    sexta-feira, 10 de abril de 2015







    12:10 e o Micro-ônibus parou na frente da minha casa, desci e fui direto para o portão, não dei tchau para o "tio da perua", mesmo ele tendo buzinado e gritado o meu nome, eu estava com raiva e simplesmente não queria papo com ninguém. Eu não me lembrava da minha mãe falando que iria sair à tarde, mas me deparei com o portão trancado. Bufei sem esperanças, eu iria torrar naquele sol ardido, ou me arriscaria a pular o muro bem alto que tinha do vizinho pra minha casa e provavelmente teria levado um capote daqueles, se não tivesse avistado meu avô encostado no balaústre e escutado ele gritando com os meninos que desciam loucamente a rua em declive com seus carrinhos de rolimã recém montados.
     
     - Oi Vô! O senhor sabe da minha mãe? - perguntei acenando para que ele pudesse me dar atenção e esquecer dos meninos.

     - Sua mãe foi no médico, ela não chegou ainda - ele disse, parecia mal humorado - Mas pode vir, tem almoço fresquinho “fia”! – e assim voltava a voz nem sempre tão doce que meu avô tinha.

     Sorri e corri para o outro portão. O terreno antes do casamento dos meus pais era um só, hoje em dia é um muro bem grande que separa a casa dos meus avós da dos meus pais, inclusive já caí desse muro fazendo como diz minha mãe, “macacada”. Era legal pular o muro, era minha maior adrenalina com seis anos, eu não tinha muitos amigos, tinha que inventar minhas brincadeiras se quisesse.

     Entrei na casa e subi as escadas, naquela época a casa não tinha cor por fora, era bem simples na verdade, hoje ela é amarela, mas ainda prefiro a época que era verde, ou quando era original mesmo, sem cor nenhuma.
     
    Estiquei a mão quando estava bem próxima meu avô e fiz o de costume, tão esquecido pelos jovens de hoje em dia, ainda menos ensinado para as crianças de mesma época.

     – A Benção Vô!

    – Deus te abençoe! – ele respondeu sorrindo, era incrível como ele não tinha mudado nada conforme foi passando o tempo, desde que eu me conhecia por gente sempre fora rechonchudo e de pele grossa, branco, porém com as marcas de sol que toda pessoa que passou a vida a trabalhar debaixo do sol bem quente tem. – Sua avó “tá” lá dentro com seu primo! – ele disse por fim soltando minha mão. Ainda reparava nele, por mais que demorasse segundos antes de eu me virar e correr para o corredor, percebi cada detalhe do tecido da jaqueta preta dele, tactel, nada muito glamoroso, meu avô não gostava nada dessas “Frescuras”. A calça social surrada, não porque não tinha outras, ele tinha e muitas, mas gostava daquela, por baixo da blusa sempre uma camisa social com os dois botões abertos, deixando os pelinhos do peito já brancos aparecerem. Seu boné sempre escondia seu rosto, eu não entendia qual era a do boné, mas era ele, então.. Bom, não precisava entender. Nunca precisou.

    Me vi (em sonhos ainda me vejo), correndo naquele corredor de piso branco, onde eu costumava brincar de pista de corrida com meu primo que darei aqui o apelido de G, para não expor sua vida, ninguém precisa saber o nome. Enfim, entrei na casa e virei a esquerda, no final de tudo era a cozinha, tinha o cheiro da minha avó, doce, porém com um tiquinho de óleo. Ela não tem mais esse cheiro, mas ele ficou na memória. Esse e o cheiro da batata frita que ela fazia, o almoço era esse naquele dia: Arroz, feijão, batata frita ( em forma circular) carne moída e uma laranja. Ninguém nunca na face da terra fará uma comida igual minha vó fazia, ainda mais se for essa. Minha avó não cozinha mais, mas aquele prato daquele dia, e de todos os outros valeram a vida.
      
    G e minha avó estavam comendo quando atravessei a copa e subi o degrau pra cozinha. Sorri para eles e retribuíram de boca cheia, era tão natural e completamente mágica aquela cena, engraçado só perceber isso assim, depois de tanto tempo, tão distante, como se fosse uma lembrança jogada na penseira de Dumbledore. Sentei jogando a mochila no canto, a cozinha da minha avó não era grande, mas era bem confortável. Minha vó já levantou-se e foi colocar a comida no prato pra mim, eu não precisava falar, ela sabia a quantidade, e sabia também que era o feijão por cima do arroz, e bastante batata, eu nunca precisei dizer. Colocou o prato na minha frente e um garfo e uma colher do lado, junto com a laranja. O negócio era comer a laranja com a colher, tirando todo o líquido dela, uma garfada de comida, uma colherada de laranja. Cara, nada mais delicioso. Pelo que eu tinha percebido meu avô já tinha almoçado. Então comemos como se não houvesse amanhã, G e eu papeamos sobre coisas aleatórias que crianças geralmente falam. Ele não morava mais com a gente, tinha se mudado para o interior de São Paulo, e eu só o via nas férias.
     
    Costumávamos brincar com os dominós do meu avô sem ele saber, se soubesse era bumbum vermelho na certa. Pegávamos, aquela "jaqueta" própria de guardar o jogo, era verde musgo já envelhecida, ou era vermelha? Nem cheguei nos trinta e nem lembro mais, é assim que as coisas somem, a gente vai esquecendo... Pois bem, brincávamos de construir casas, alguns móveis, e até pistas de corrida. Ficamos a tarde ali e quando chegou a hora do café da tarde e minha prima mais velha, vou chamá-la de C, veio comer com a gente. Quando meus pais chegaram, lembro que minha mãe começou a me gritar, mas eu não queria ir embora, queria ficar ali, brincar mais, eu quase não tinha companhia. Fiz birra e não fui, e nessa hora meu pai apareceu com o violão, o que era minha desculpa pra conseguir ficar mais um pouco. Logo meu tio chegou (pai do G) e pegaram banquinhos pra colocar na varanda. Meu avô pegou o violão para afinar, meu primo sentou, eu sentei do lado do meu pai, minha avó sentou-se num sofá que tinha lá fora. Naquela época meu avô fazia uns servicinhos pro amigo dele, ajudando-o a retirar linhas dos carretéis, aqueles que geralmente estragam no processo. Ele sempre tirava a noite para isso, e enquanto ele começou a tirar, meu pai começou a tocar e na mesma melodia meu tio, eu e meu primo cantávamos desafinados as modas de viola ensinadas pelo meu avô, mas não tinha problema, claro que não, aquilo era o mais bonito da nossa realidade. Cantávamos com fervor, alegria, ríamos quando errávamos e então recomeçávamos. Era festa em plena quinta-feira. Ou era sexta?

    E observando tudo aquilo minha avó ficava, sorrindo feito criança, alegre por ver os filhos e os netos em puro júbilo, ela sorria maravilhosa. Pegava seu lenço e passava na boca, cruzava os braços e sorria. Ela assim como eu não deve esquecer desse dia, ou até tenha esquecido, mas o que me deixa mais feliz é que todos nessa lembrança estarão presente no meu coração de alguma forma. Mesmo que nem todos estejam mais presentes na vida de quem vos escreve no momento, eles estarão presente no coração.



    Obrigada.




     

  4. 8 on 8 (Abril 2015)

    quarta-feira, 8 de abril de 2015

    Páscoa, época de vida nova, de tudo novo na verdade. Época de amor e fraternidade, época de paz! 

    rabbit

    nice

    my fox

    lego

    feth

    familia


    20 summers

    Tea

    1. Chocolate Suíço que eu e o Bu ganhamos da Tia Diana ♥ 
    2. Meus cafés da manhã têm sido bem produtivos e nutritivos :D
    3. Bu me deu o ovo do Pequeno Príncipe pelo segundo ano consecutivo e meu coração deliraaaa lol haha amei e dessa vez veio a raposa que dei nome de Fox :3 Obrigada amor ♥
    4. Esse Lego o Bu ganhou da tia dele e ajudei a montar *-* Foto: Bruno Calderaro
    5. Essa foto da minha irmã rezando é pra representar que a Páscoa em seu essencial é a celebração da ressurreição de Cristo, e eu acredito nisso,
    6. Passei uma parte do dia na casa do Bu, com a familia dele, e foi tudo muito bom :) Foto: Tatiane Martins
    7. Passei a Páscoa com ele, como serão todas as vezes agora, porque os dias com ele são melhores...
    8. Chá mais que bom, melhorando cada vez mais meus dias ♥



    Pois bem, essas foram as minhas. Confiram as fotos do pessoal:
                                         LariFerCarol, NicolasMib, Thais e Vanessa
    Thank You!